Anorexia alcoólica, drunkorexia ou álcoolrexia, é um transtorno que mistura alcoolismo e distúrbios alimentares. A pessoa substitui a comida pela bebida alcoólica para emagrecer. O assunto é tratado pela primeira vez por uma novela Viver a Vida, na Rede Globo, pela atriz Bárbara Paz, que interpreta Renata, através da personagem ela retrata um problema da vida real, o qual atinge, principalmente, mulheres de idade entre vinte e trinta anos que substituem a alimentação por bebidas. Esse problema é mais comum do que se imagina e tem despertado interesse do público brasileiro.
Drunkorexia, termo originado nos EUA drunkorexia (corruptela com a palavra inglesa para bêbado — drunk), para designar o alcoolismo associado a distúrbios alimentares. A anorexia alcoólica se trata da restrição de absorção das calorias necessárias ao corpo humano e o abuso do álcool a fim de obter ou manter um visual esbelto. O álcool age como um inibidor do apetite e à medida que seu efeito passa, a pessoa passa a ingeri-lo em maiores doses e com mais freqüência evitando, com isso, o consumo dos nutrientes.
Há teóricos que acreditem que a anorexia alcoólica, na verdade não é uma anorexia, mas apenas uma conseqüência do alcoolismo, já que o consumo exagerado de álcool provoca a perda do apetite, logo o tratamento deveria ser o mesmo dado a qualquer outro alcoólatra. Um alcoólatra já em um estado grave é um sujeito magro, porque só se alimenta de álcool, ele literalmente deixa de comer. Mas existe uma diferença entre o alcoolismo e a anorexia alcoólica.
Para detectar esse transtorno e diferenciá-lo do alcoolismo é preciso haver além do uso abusivo do álcool uma preocupação exagerada em perder peso. A pessoa deixa de comer para poder beber e assim consegue manter o seu peso sem engordar.
No entanto, o peso alcançado por meio da anorexia alcoólica não é permanente, já que ela atua da mesma forma que dietas forçadas, e logo que a pessoa deixa de beber o seu peso volta, o famoso efeito sanfona.
Entre as causas possíveis desse transtorno destaca-se a pressão para se encaixar no padrão de beleza criado pela sociedade moderna, juntamente com o aumento do consumo de bebidas alcoólicas, principalmente entre as mulheres.
Quem sofre de drunkorexia muitas vezes não enxerga as conseqüências do transtorno e tem dificuldade em admitir que exista um problema. “A pessoa sempre acha que tem o controle da situação”.
Se uma pessoa come pouquíssimo a semana inteira, para poder consumir bebidas alcoólicas durante o dia, todos os dias, provavelmente está no início desse comportamento alimentar de risco, e quanto mais cedo isso for identificado, mais fácil será o tratamento.
Assim, o resultado dessa anorexia, a qual substitui alimentos por bebidas alcoólicas, é, geralmente, o alcoolismo; doença que requer cuidados. O tratamento da drunkorexia deve abordar duas questões, o distúrbio alimentar e a dependência química. É fundamental nesses casos o acompanhamento psiquiátrico e psicológico, a fim de se obter resultados significativos e duradouros.
Daniela Bittencourt – Psicóloga – CRP 12/07184
Um blog que pretende discutir a Psicanálise e tornar a sua prática mais difundida, bem como diferenciá-la da Psicoterapia. Voltado para pessoas interessadas no assunto, servirá para esclarecer alguns pontos da teoria e sua relação com a prática clínica.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Ortorexia: Quando a alimentação natural vira obsessão
Ortorexia é um distúrbio de comportamento, porém ainda não foi classificado como um distúrbio psiquiátrico, como acontece no caso da bulimia e da anorexia. Segundo o dicionário grego, orthós significa correto e oréxis, significa apetite. O termo ortorexia foi descrito pela primeira vez em 1997, pelo médico americano Steven Bratman.
A grande preocupação do ortoréxico não é com o peso, nem o seu objetivo é de emagrecer. Sua preocupação está em comer alimentos saudáveis, eliminando de sua dieta todo e qualquer alimento que prejudique a saúde. Os alimentos mais listados por ortoréxicos como não saudáveis são: o açúcar, a carne, as frituras, os carboidratos brancos, os refrigerantes e o leite de vaca. Ele acredita que assim manterá seu organismo livre de toxinas, evitando o aparecimento de doenças e retardando o envelhecimento.
Claro, que nos tempos atuais sabe-se e muito, devido ao acesso que as pessoas têm ao conhecimento, que uma alimentação saudável, proporciona, bem – estar, saúde, disposição e afasta algumas doenças. Tudo isso devido à alimentação ter um papel muito importante na vida do ser humano, tanto que a frase: “Você é o que você come”, é um dito popular.
Existe todo um movimento, da mídia, dos nutricionistas, dos fabricantes de produtos naturais e orgânicos, em prol de uma alimentação natural, visando uma melhora na qualidade de vida. Não posso deixar de ressaltar que esse movimento trás muitos benefícios ao homem, que graças ao avanço da ciência e da alimentação, hoje é possível ter a esse conhecimento e também fazer uso dele.
E não há nada de errado em ter uma alimentação saudável, muito pelo contrário, o problema começa quando isso se torna uma preocupação exagerada, um excesso e assim como todos os excessos não é saudável. Mas qual o limite entre se preocupar com a alimentação saudável e fazer disso uma obsessão? Até aonde é normal essa preocupação? Muito difícil falar nesse limite, entre o normal e o patológico, mas arrisco a dizer algumas palavras: os excessos, os extremos, a rigidez, a inflexibilidade, não são saudáveis. E como é possível diagnosticar a ortorexia?
A ortorexia pode ser diagnosticada por alguns hábitos: a pessoa que tem ortorexia não come nada que considere prejudicial à saúde e assim a mesma pode deixar de ter vida social, ou deixa de comer quando participa desses eventos. Passa horas durante o dia pensando em alimentação e sente-se culpada caso venha a comer algo que não considera saudável. Muitas vezes parentes e amigos reclamam do fato de a pessoa estar sempre falando sobre alimentação saudável e tentando converter todos os que conhecem a esse tipo de alimentação.
Quanto a esse novo transtorno, chamado ortorexia, deixo uma breve reflexão: Até aonde vale a pena ter saúde física a um ponto, onde se tem que sacrificar a saúde psíquica? Até aonde vale a pena perde o prazer de comer em função de uma ditadura da comida saudável? Como se ver livre dos novos transtornos que a vida moderna está criando a cada dia?
Daniela Bittencourt - Psicóloga - CRP 12/07184
A grande preocupação do ortoréxico não é com o peso, nem o seu objetivo é de emagrecer. Sua preocupação está em comer alimentos saudáveis, eliminando de sua dieta todo e qualquer alimento que prejudique a saúde. Os alimentos mais listados por ortoréxicos como não saudáveis são: o açúcar, a carne, as frituras, os carboidratos brancos, os refrigerantes e o leite de vaca. Ele acredita que assim manterá seu organismo livre de toxinas, evitando o aparecimento de doenças e retardando o envelhecimento.
Claro, que nos tempos atuais sabe-se e muito, devido ao acesso que as pessoas têm ao conhecimento, que uma alimentação saudável, proporciona, bem – estar, saúde, disposição e afasta algumas doenças. Tudo isso devido à alimentação ter um papel muito importante na vida do ser humano, tanto que a frase: “Você é o que você come”, é um dito popular.
Existe todo um movimento, da mídia, dos nutricionistas, dos fabricantes de produtos naturais e orgânicos, em prol de uma alimentação natural, visando uma melhora na qualidade de vida. Não posso deixar de ressaltar que esse movimento trás muitos benefícios ao homem, que graças ao avanço da ciência e da alimentação, hoje é possível ter a esse conhecimento e também fazer uso dele.
E não há nada de errado em ter uma alimentação saudável, muito pelo contrário, o problema começa quando isso se torna uma preocupação exagerada, um excesso e assim como todos os excessos não é saudável. Mas qual o limite entre se preocupar com a alimentação saudável e fazer disso uma obsessão? Até aonde é normal essa preocupação? Muito difícil falar nesse limite, entre o normal e o patológico, mas arrisco a dizer algumas palavras: os excessos, os extremos, a rigidez, a inflexibilidade, não são saudáveis. E como é possível diagnosticar a ortorexia?
A ortorexia pode ser diagnosticada por alguns hábitos: a pessoa que tem ortorexia não come nada que considere prejudicial à saúde e assim a mesma pode deixar de ter vida social, ou deixa de comer quando participa desses eventos. Passa horas durante o dia pensando em alimentação e sente-se culpada caso venha a comer algo que não considera saudável. Muitas vezes parentes e amigos reclamam do fato de a pessoa estar sempre falando sobre alimentação saudável e tentando converter todos os que conhecem a esse tipo de alimentação.
Quanto a esse novo transtorno, chamado ortorexia, deixo uma breve reflexão: Até aonde vale a pena ter saúde física a um ponto, onde se tem que sacrificar a saúde psíquica? Até aonde vale a pena perde o prazer de comer em função de uma ditadura da comida saudável? Como se ver livre dos novos transtornos que a vida moderna está criando a cada dia?
Daniela Bittencourt - Psicóloga - CRP 12/07184
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Escola de Psicanálise de Sigmund Freud
A Escola de Psicanálise de Sigmund Freud trará a Criciúma, um Psicanalista da APPOA (Associação Psicanalítica de Porto Alegre), para ministrar um grupo de estudo em Jacques Lacan. O grupo se reunirá uma vez por mês, sendo três horas de estudo e o mesmo terá duração de um ano. A Escola é aberta a todas as pessoas que tenham o interesse de estudar a Psicanálise.
A Psicanálise é uma prática clínica, para o tratamento de doenças psíquicas, que trabalha o inconsciente e é direcionada as pessoas que por algum motivo sofrem. Foi criada por Sigmund Freud, na década de 1887 -1897. Acredita que o homem não é sujeito da razão, porque há algo que a razão não consegue explicar, homem é sujeito do inconsciente. O inconsciente se manifesta na própria fala do sujeito, por isso a psicanálise é um método de cura pelas palavras.
Freud já discutia em sua época que qualquer pessoa poderia ter acesso a essa ciência, independente de formação acadêmica, importando aqui o desejo de cada sujeito. Ele entendia que a prática psicanalítica estaria sustentada pelo estudo teórico, a supervisão de seu trabalho e a análise pessoal e não somente a um título de graduação.
Mesmo depois da morte de Sigmund Freud, a Psicanálise continuou a ser estudada e discutida entre outros autores, e sendo também transformada e direcionada para os tempos atuais. Entre esses autores destaca-se Jacques Lacan, um psicanalista francês seguidor de Sigmund Freud, que deu continuidade a sua obra e muito contribuiu para a Psicanálise. Do pensamento freudiano ao pensamento lacaniano há várias possibilidades para pensar e compreender os novos sofrimentos psíquicos da atualidade.
A Escola de Psicanálise de Sigmund Freud convida a todos interessados em participar do grupo de estudo em Jacques Lacan, para a reunião que será realizada no dia 16/09/2009, ás 19:00h, no Catarina Gaidzinski, sala 514. Mais Informações pelo telefone: (48) 91674808.
Daniela Bittencourt – Psicóloga - CRP 12/07184 - Membro da Escola de Psicanálise de Sigmund Freud.
A Psicanálise é uma prática clínica, para o tratamento de doenças psíquicas, que trabalha o inconsciente e é direcionada as pessoas que por algum motivo sofrem. Foi criada por Sigmund Freud, na década de 1887 -1897. Acredita que o homem não é sujeito da razão, porque há algo que a razão não consegue explicar, homem é sujeito do inconsciente. O inconsciente se manifesta na própria fala do sujeito, por isso a psicanálise é um método de cura pelas palavras.
Freud já discutia em sua época que qualquer pessoa poderia ter acesso a essa ciência, independente de formação acadêmica, importando aqui o desejo de cada sujeito. Ele entendia que a prática psicanalítica estaria sustentada pelo estudo teórico, a supervisão de seu trabalho e a análise pessoal e não somente a um título de graduação.
Mesmo depois da morte de Sigmund Freud, a Psicanálise continuou a ser estudada e discutida entre outros autores, e sendo também transformada e direcionada para os tempos atuais. Entre esses autores destaca-se Jacques Lacan, um psicanalista francês seguidor de Sigmund Freud, que deu continuidade a sua obra e muito contribuiu para a Psicanálise. Do pensamento freudiano ao pensamento lacaniano há várias possibilidades para pensar e compreender os novos sofrimentos psíquicos da atualidade.
A Escola de Psicanálise de Sigmund Freud convida a todos interessados em participar do grupo de estudo em Jacques Lacan, para a reunião que será realizada no dia 16/09/2009, ás 19:00h, no Catarina Gaidzinski, sala 514. Mais Informações pelo telefone: (48) 91674808.
Daniela Bittencourt – Psicóloga - CRP 12/07184 - Membro da Escola de Psicanálise de Sigmund Freud.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Escola de Psicanálise de Sigmund Freud
A Psicanálise é uma prática clínica, para o tratamento de doenças psíquicas, que trabalha o inconsciente e é direcionada as pessoas que por algum motivo sofrem. É um método de cura pelas palavras, foi criada por Sigmund Freud, na década de 1887 -1897. Acredita que o homem não é sujeito da razão, porque há algo que a razão não consegue explicar, homem é sujeito do inconsciente.
Acredita que apenas uma pequena parte da vida psíquica é consciente, que alguns conteúdos são pré-consciente, mas, que a maioria é inconsciente. O consciente contém informações que o sujeito sabe sobre si mesmo. O pré - consciente aquilo que não lembra na hora, mas que pode trazer para a consciência. E o inconsciente seria a parte mais arcaica do aparelho psíquico, aquela parte que não se tem acesso. Sabemos que o inconsciente existe porque ele se manifesta, através dos sonhos, atos falhos e sintomas.
Psicanálise e Psicologia são teorias e práticas bem distintas, apesar de muitas pessoas pensarem ser a mesma coisa. São maneiras diferentes de tratar as doenças psíquicas. A Psicanálise não pode ser considerada uma abordagem da Psicologia, isso porque seus objetos de estudo são diferentes, a psicanálise trabalha o inconsciente e a psicologia a consciência.
Os Psicanalistas dão muita importância à infância quando se fala da etiologia dos transtornos psíquicos, isso porque segundo a psicanálise, a personalidade é formada na infância, assim como as doenças psíquicas tem sua origem nos primeiros anos de vida.
Para Freud quem quer que negligencie a análise infantil está fadado a cair nos mais desastrosos erros. E o trabalho só merece ser reconhecido como Psicanálise quando consegue remover a amnésia que oculta do adulto o seu conhecimento da sua infância.
Mesmo depois da morte de Sigmund Freud, a Psicanálise continuou a ser estudada e discutida entre outros autores, e sendo também transformada e direcionada para os tempos atuais. Entre esses autores destaca-se Jacques Lacan, psicanalista seguidor de Freud, que ampliou a sua teoria e a redirecionou para os tempos modernos.
A Escola de Psicanálise de Sigmund Freud convida a todos interessados em estudar a Psicanálise e o pensamento Lacaniano a participarem da reunião no dia 19/08/2009 (quarta-feira) ás 19:00h, no Catarina Gaidzinski, sala 514. A reunião é aberta a todas as pessoas. Contato: telefone: 91674808, e-mail: danielabittencourt@engeplus.com.br.
Daniela Bittencourt – Psicóloga – Membro da Escola de Psicanálise de Sigmund Freud.
Acredita que apenas uma pequena parte da vida psíquica é consciente, que alguns conteúdos são pré-consciente, mas, que a maioria é inconsciente. O consciente contém informações que o sujeito sabe sobre si mesmo. O pré - consciente aquilo que não lembra na hora, mas que pode trazer para a consciência. E o inconsciente seria a parte mais arcaica do aparelho psíquico, aquela parte que não se tem acesso. Sabemos que o inconsciente existe porque ele se manifesta, através dos sonhos, atos falhos e sintomas.
Psicanálise e Psicologia são teorias e práticas bem distintas, apesar de muitas pessoas pensarem ser a mesma coisa. São maneiras diferentes de tratar as doenças psíquicas. A Psicanálise não pode ser considerada uma abordagem da Psicologia, isso porque seus objetos de estudo são diferentes, a psicanálise trabalha o inconsciente e a psicologia a consciência.
Os Psicanalistas dão muita importância à infância quando se fala da etiologia dos transtornos psíquicos, isso porque segundo a psicanálise, a personalidade é formada na infância, assim como as doenças psíquicas tem sua origem nos primeiros anos de vida.
Para Freud quem quer que negligencie a análise infantil está fadado a cair nos mais desastrosos erros. E o trabalho só merece ser reconhecido como Psicanálise quando consegue remover a amnésia que oculta do adulto o seu conhecimento da sua infância.
Mesmo depois da morte de Sigmund Freud, a Psicanálise continuou a ser estudada e discutida entre outros autores, e sendo também transformada e direcionada para os tempos atuais. Entre esses autores destaca-se Jacques Lacan, psicanalista seguidor de Freud, que ampliou a sua teoria e a redirecionou para os tempos modernos.
A Escola de Psicanálise de Sigmund Freud convida a todos interessados em estudar a Psicanálise e o pensamento Lacaniano a participarem da reunião no dia 19/08/2009 (quarta-feira) ás 19:00h, no Catarina Gaidzinski, sala 514. A reunião é aberta a todas as pessoas. Contato: telefone: 91674808, e-mail: danielabittencourt@engeplus.com.br.
Daniela Bittencourt – Psicóloga – Membro da Escola de Psicanálise de Sigmund Freud.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Quanto custa a sessão?
Essa é a pergunta mais comum e a primeira que a maioria dos pacientes fazem quando ligam para um analista: Quanto custa a sessão? Logo isso me chamou muita atenção, porque as pessoas perguntam sobre o preço e não sobre o tratamento.
Pode-se pensar que essa pergunta é feita porque a pessoa precisa saber se pode pagar ou não e isso é totalmente compreensível, mas e quando se liga para perguntar só isso? Há uma demanda de pessoas que apenas ligam para saber o preço e assim o fazem com vários profissionais, até encontrar o mais barato. Até aonde é importante para essa pessoa o tratamento?
Será que o que mais importa é o preço da sessão quando se procura um analista? Será que esse é o critério? Escolhe-se pelo preço? O analista bom é o que cobra mais caro, porém o analista mais barato está cheio de pacientes porque há uma demanda de pessoas que escolhem o mais barato. Será que quando se liga para um psicanalista e pergunta apenas sobre o preço da sessão existe realmente um desejo de melhorar, de mudar?
Muitos analistas têm por hábito não dar o preço da sessão por telefone e convidar a pessoa a vir ao consultório para conversar. Para que assim a pessoa pelo menos venha ao consultório para poder falar o que lhe acontece, ou pelo que sofre, mesmo que não faça análise. Porque essa deveria ser a conduta de todas as pessoas que estão realmente interessadas em fazer um tratamento psíquico. Só que esse hábito muitas vezes exclui alguns pacientes que precisam saber primeiro o preço e depois escolhem se vão ou não.
Quando se escolhe um analista pelo preço, escolhe-se muito mal. Até porque o que produz uma análise é a transferência do paciente para com seu analista e isso não é determinado pelo preço as sessões. Transferência foi um termo criado por Freud para significar a relação terapêutica, uma relação que não está sustentada por sentimentos que se tem pelo analista, mas sim por desejos infantis e inconscientes do analisante que são dirigidos ao analista.
Será que o “preço” que a pessoa paga por carregar o seu sofrimento não é muito maior do que o preço da sessão? Sigmund Freud já dizia que a estupidez e a neurose são muito mais caro do que o tratamento. Há quem prefira passar a vida inteira com o seu sintoma, sofrimento do que gastar para melhorar, prefere - se gastar comprando mais e mais objetos de satisfação imediata e momentânea e quando a sessão do analista essa é muito cara.
Daniela Bittencourt – Psicóloga – CRP 12/07184.
Pode-se pensar que essa pergunta é feita porque a pessoa precisa saber se pode pagar ou não e isso é totalmente compreensível, mas e quando se liga para perguntar só isso? Há uma demanda de pessoas que apenas ligam para saber o preço e assim o fazem com vários profissionais, até encontrar o mais barato. Até aonde é importante para essa pessoa o tratamento?
Será que o que mais importa é o preço da sessão quando se procura um analista? Será que esse é o critério? Escolhe-se pelo preço? O analista bom é o que cobra mais caro, porém o analista mais barato está cheio de pacientes porque há uma demanda de pessoas que escolhem o mais barato. Será que quando se liga para um psicanalista e pergunta apenas sobre o preço da sessão existe realmente um desejo de melhorar, de mudar?
Muitos analistas têm por hábito não dar o preço da sessão por telefone e convidar a pessoa a vir ao consultório para conversar. Para que assim a pessoa pelo menos venha ao consultório para poder falar o que lhe acontece, ou pelo que sofre, mesmo que não faça análise. Porque essa deveria ser a conduta de todas as pessoas que estão realmente interessadas em fazer um tratamento psíquico. Só que esse hábito muitas vezes exclui alguns pacientes que precisam saber primeiro o preço e depois escolhem se vão ou não.
Quando se escolhe um analista pelo preço, escolhe-se muito mal. Até porque o que produz uma análise é a transferência do paciente para com seu analista e isso não é determinado pelo preço as sessões. Transferência foi um termo criado por Freud para significar a relação terapêutica, uma relação que não está sustentada por sentimentos que se tem pelo analista, mas sim por desejos infantis e inconscientes do analisante que são dirigidos ao analista.
Será que o “preço” que a pessoa paga por carregar o seu sofrimento não é muito maior do que o preço da sessão? Sigmund Freud já dizia que a estupidez e a neurose são muito mais caro do que o tratamento. Há quem prefira passar a vida inteira com o seu sintoma, sofrimento do que gastar para melhorar, prefere - se gastar comprando mais e mais objetos de satisfação imediata e momentânea e quando a sessão do analista essa é muito cara.
Daniela Bittencourt – Psicóloga – CRP 12/07184.
terça-feira, 26 de maio de 2009
A mentira contada num divã
Que as pessoas mentem não é novidade, claro que muitas não admitem e outras dizem que uma mentirinha não faz mal para ninguém. Porém o objetivo desse texto não é o de julgar, nem de afirmar que todas as pessoas mentem, mas sim escrever sobre como lidar com a mentira nos consultórios psicológicos e psicanalíticos.
O que interessa é: se as pessoas mentem no seu dia - a dia, será que isso também é comum nos consultórios psicológicos e psicanalíticos? Muitos psicólogos têm por hábito pedir a seus pacientes que falem apenas a verdade num processo de psicoterapia, porque caso se vier a mentir estarão enganando apenas a si mesmo e assim ficaria mais difícil e demorado obter melhoras no tratamento.
Já a psicanálise tem outra forma de lidar com a mentira. Para os psicanalistas quando um paciente mente, ele na verdade não mente, mas sim, fala sem saber, sobre a sua fantasia inconsciente. Por isso mesmo que seja uma mentira, não deixa de ser sem importância, porque essa mentira pode revelar algo sobre o sujeito, que nem ele mesmo sabe. Isso não significa que sempre que uma pessoa mente, ela está falando algo que seja verdade, isso só vale dentro de um processo de análise, fora dele à mentira terá outro significado.
Quando o paciente relata algo em análise, não importa se o fato aconteceu realmente, ou se aconteceu da forma que ele conta, o que importa é aquilo que a pessoa assimilou daquele fato. Importante é aquilo que se fala, porque se o paciente fala sobre qualquer assunto que seja, é porque de alguma forma isso afetou a sua vida, causando talvez um sofrimento e/ou despertando um desejo. Nada do que se diga em análise é sem importância e sempre que há fala há desejo.
Nada passa despercebido por uma escuta psicanalítica. O sujeito vem para uma análise, pensando em falar sobre uma coisa, mas quando se dá conta está falando de outro assunto, isso porque o inconsciente, que se manifesta na fala, atravessa o próprio discurso do sujeito.
O que se fala é mais significativo do que saber se essa fala é verdade ou mentira e uma mentira em análise é sempre significativa porque releva uma fantasia inconsciente. Os psicanalistas não são mágicos e não tem como saber se o paciente está falando a verdade ou não e isso também não importa, porque em uma análise toda mentira ganha um lugar de verdade sobre o sujeito que mente.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica.
O que interessa é: se as pessoas mentem no seu dia - a dia, será que isso também é comum nos consultórios psicológicos e psicanalíticos? Muitos psicólogos têm por hábito pedir a seus pacientes que falem apenas a verdade num processo de psicoterapia, porque caso se vier a mentir estarão enganando apenas a si mesmo e assim ficaria mais difícil e demorado obter melhoras no tratamento.
Já a psicanálise tem outra forma de lidar com a mentira. Para os psicanalistas quando um paciente mente, ele na verdade não mente, mas sim, fala sem saber, sobre a sua fantasia inconsciente. Por isso mesmo que seja uma mentira, não deixa de ser sem importância, porque essa mentira pode revelar algo sobre o sujeito, que nem ele mesmo sabe. Isso não significa que sempre que uma pessoa mente, ela está falando algo que seja verdade, isso só vale dentro de um processo de análise, fora dele à mentira terá outro significado.
Quando o paciente relata algo em análise, não importa se o fato aconteceu realmente, ou se aconteceu da forma que ele conta, o que importa é aquilo que a pessoa assimilou daquele fato. Importante é aquilo que se fala, porque se o paciente fala sobre qualquer assunto que seja, é porque de alguma forma isso afetou a sua vida, causando talvez um sofrimento e/ou despertando um desejo. Nada do que se diga em análise é sem importância e sempre que há fala há desejo.
Nada passa despercebido por uma escuta psicanalítica. O sujeito vem para uma análise, pensando em falar sobre uma coisa, mas quando se dá conta está falando de outro assunto, isso porque o inconsciente, que se manifesta na fala, atravessa o próprio discurso do sujeito.
O que se fala é mais significativo do que saber se essa fala é verdade ou mentira e uma mentira em análise é sempre significativa porque releva uma fantasia inconsciente. Os psicanalistas não são mágicos e não tem como saber se o paciente está falando a verdade ou não e isso também não importa, porque em uma análise toda mentira ganha um lugar de verdade sobre o sujeito que mente.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
A importância de fazer análise
Apesar de muitas pessoas pensarem que fazer análise é coisa de louco, ou desnecessária, a prática clínica comprova a sua importância bem como seus ótimos resultados. O mais difícil é admitir que precise de tratamento e reconhecer que a análise é para pessoas normais, que como todo mundo tem problemas e sofrimentos.
A principal diferença entre análise e terapia é que a análise é feita por um psicanalista e trabalha o inconsciente enquanto que a terapia é feita por um psicólogo e trabalha a consciência. Os psicanalistas geralmente são médicos ou psicólogos.
Infelizmente as pessoas não têm o costume de procurar um psicanalista quando estão com problemas psíquicos. E muitas ainda acreditam que apenas um remédio poderá curá-las, claro que em alguns casos o remédio é necessário, porém só o seu uso não cura a doença. O ideal é associar o remédio á análise. Porém vale lembrar que nem sempre é necessário tomar remédio quando há um sofrimento psíquico.
Enquanto a causa do problema não for tratada fica muito difícil obter melhoras. A história de vida do sujeito está ligada à etiologia da doença e é preciso analisar toda a sua história, para chegar à origem do sofrimento psíquico e assim poder tratá-lo. O tratamento psicanalítico é feito através da fala, porque é por meio dela que o psicanalista poderá atuar no mundo simbólico do paciente.
A Psicanálise é sem dúvida uma resposta ao sofrimento psíquico, mesmos nos tempos atuais, aonde se procura resultados rápidos, quase que imediatos. O objetivo da Psicanálise é arrancar o problema pela raiz, e não o de podar-lhe o topo.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica.
A principal diferença entre análise e terapia é que a análise é feita por um psicanalista e trabalha o inconsciente enquanto que a terapia é feita por um psicólogo e trabalha a consciência. Os psicanalistas geralmente são médicos ou psicólogos.
Infelizmente as pessoas não têm o costume de procurar um psicanalista quando estão com problemas psíquicos. E muitas ainda acreditam que apenas um remédio poderá curá-las, claro que em alguns casos o remédio é necessário, porém só o seu uso não cura a doença. O ideal é associar o remédio á análise. Porém vale lembrar que nem sempre é necessário tomar remédio quando há um sofrimento psíquico.
Enquanto a causa do problema não for tratada fica muito difícil obter melhoras. A história de vida do sujeito está ligada à etiologia da doença e é preciso analisar toda a sua história, para chegar à origem do sofrimento psíquico e assim poder tratá-lo. O tratamento psicanalítico é feito através da fala, porque é por meio dela que o psicanalista poderá atuar no mundo simbólico do paciente.
A Psicanálise é sem dúvida uma resposta ao sofrimento psíquico, mesmos nos tempos atuais, aonde se procura resultados rápidos, quase que imediatos. O objetivo da Psicanálise é arrancar o problema pela raiz, e não o de podar-lhe o topo.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
O sucesso de um análise, depende do analista ou do paciente?
Será que é o analista quem tem a função de colocar o tratamento no paciente? O resultado de uma análise depende somente do analista? Se dizermos que esse é um trabalho do analista, então o paciente não precisa se responsabilizar pelo seu próprio sofrimento e também com a sua melhora?
O trabalho é sim do analista, enquanto ele tem que vencer as próprias resistências por meio da análise pessoal, para que assim possa criar um espaço psíquico interior para receber a demanda de um paciente. É necessário que o analista faça análise da sua vida, porque ele irá no tratamento com seu paciente até aonde foi na sua análise pessoal. Só assim estará apto para atender, visto que no tratamento psicanalítico não é utilizado apenas a teoria, mas também a escuta do inconsciente.
Porém o sucesso de uma análise não se dá somente pelo trabalho do analista, devido o sujeito estar implicado com o seu sintoma e a sua dor psíquica. Logo será necessário à colaboração do paciente, para que o mesmo fale. Isso porque a cura em Psicanálise se dá pela palavra e a transferência, sem as quais nada um Psicanalista pode fazer.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica.
O trabalho é sim do analista, enquanto ele tem que vencer as próprias resistências por meio da análise pessoal, para que assim possa criar um espaço psíquico interior para receber a demanda de um paciente. É necessário que o analista faça análise da sua vida, porque ele irá no tratamento com seu paciente até aonde foi na sua análise pessoal. Só assim estará apto para atender, visto que no tratamento psicanalítico não é utilizado apenas a teoria, mas também a escuta do inconsciente.
Porém o sucesso de uma análise não se dá somente pelo trabalho do analista, devido o sujeito estar implicado com o seu sintoma e a sua dor psíquica. Logo será necessário à colaboração do paciente, para que o mesmo fale. Isso porque a cura em Psicanálise se dá pela palavra e a transferência, sem as quais nada um Psicanalista pode fazer.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
O ser humano é um eterno insatisfeito?
Na medida em que a cultura vai mudando, mudam-se também os sintomas e sofrimentos psíquicos. Com o declínio dos ideais paternos, dos valores morais, vive-se numa época aonde se prioriza a liberdade, onde o certo e o errado se confundem, aonde vale tudo para ser feliz, faça o que tiver vontade é o que se prega. Em contraposição as gerações passadas, onde tudo era proibido, pecado e errado.
Numa sociedade em que é proibido proibir e aonde quase tudo é permitido, acaba levando o sujeito a uma busca de algo que nem ele sabe ao certo o que é. A busca de prazer, de coisas que proporcionam prazer.
Frente a essa modernidade a ciência responde com promessas de felicidades e de garantia de jovialidade, provocando no homem atual uma busca desenfreada aos objetos de consumo, oferecidos á pronta – entrega pelo mercado capitalista. Os objetos, que estão sempre fora do sujeito, com a “promessa” de satisfação total, eles enchem os olhos e fascinam o homem contemporâneo.
Cria-se a ilusão de que a felicidade está num objeto e que quando consegui-lo, conseguirá também a tal felicidade tão esperada. Porém não é isso que acontece. Quando o sujeito consegue o que tanto queria, percebe que não era bem aquilo e começa a desejar outra coisa e assim passa a vida inteira correndo atrás daquilo que lhe supostamente o fará feliz. O ser humano sempre quer mais, porque nunca está satisfeito e põe sua felicidade sempre no futuro, porque acredita que no futuro nada lhe faltará.
Já dizia Sigmund Freud, dentre os milhares objetos que existem, não existe um objeto que satisfaça totalmente o ser humano. Não existe o objeto absoluto, por objeto absoluto devemos entender aquele que tornaria possível a satisfação plena, por isso pode-se dizer que a angústia e a falta são sentimentos presentes no ser humano, que o constitui como um eterno insatisfeito.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica.
Numa sociedade em que é proibido proibir e aonde quase tudo é permitido, acaba levando o sujeito a uma busca de algo que nem ele sabe ao certo o que é. A busca de prazer, de coisas que proporcionam prazer.
Frente a essa modernidade a ciência responde com promessas de felicidades e de garantia de jovialidade, provocando no homem atual uma busca desenfreada aos objetos de consumo, oferecidos á pronta – entrega pelo mercado capitalista. Os objetos, que estão sempre fora do sujeito, com a “promessa” de satisfação total, eles enchem os olhos e fascinam o homem contemporâneo.
Cria-se a ilusão de que a felicidade está num objeto e que quando consegui-lo, conseguirá também a tal felicidade tão esperada. Porém não é isso que acontece. Quando o sujeito consegue o que tanto queria, percebe que não era bem aquilo e começa a desejar outra coisa e assim passa a vida inteira correndo atrás daquilo que lhe supostamente o fará feliz. O ser humano sempre quer mais, porque nunca está satisfeito e põe sua felicidade sempre no futuro, porque acredita que no futuro nada lhe faltará.
Já dizia Sigmund Freud, dentre os milhares objetos que existem, não existe um objeto que satisfaça totalmente o ser humano. Não existe o objeto absoluto, por objeto absoluto devemos entender aquele que tornaria possível a satisfação plena, por isso pode-se dizer que a angústia e a falta são sentimentos presentes no ser humano, que o constitui como um eterno insatisfeito.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Depressão
A queixa principal nos consultórios de psicologia e psiquiátricos é sobre a famosa depressão, famosa porque muito se ouve falar e inúmeras são as pessoas acometidas desse mal.
A depressão compromete o relacionamento familiar, o desempenho profissional e o convívio social. Conhecida como o mal do século, ela não escolhe idade, sexo nem condição social. Nos dias atuais encontramos crianças com sintomas de depressão, o que antigamente não se ouvia falar, muito pior que isso é constatarmos que existem crianças que tomam remédio antidepressivo.
Tristeza, apatia, aumento ou diminuição de apetite e do sono, sentimento de culpa, inutilidade, desamparo, pessimismo e a perda de prazer e interesse em atividades que anteriormente eram prazerosas, são alguns sintomas da depressão.
O indivíduo perde a vontade de sair de casa, de se relacionar, perde a vontade de viver literalmente. Em casos mais graves há pensamentos suicidas, já que para o depressivo a vida não vale mais a pena.
Há quem pense que a depressão é coisa de pessoas desocupadas, que não tem nada para fazer, o que não é verdade, depressão é uma doença e precisa ser tratada por profissionais capacitados.
Os números de antidepressivos vendidos vêm crescendo cada dia mais, como se um remédio pudesse dar conta de apaziguar o sofrimento humano. Claro que em alguns casos, o uso do remédio se faz necessário, porém o remédio não deve ser usado sozinho é essencial fazer análise, para poder tratar a causa do problema.
O grande problema de a depressão ser uma doença tão difícil de obter melhoras é porque na maioria das vezes as pessoas acreditam que apenas um remédio poderá curá-las. O antidepressivo até pode aliviar os sintomas, porém ele não cura a doença e assim a pessoa acaba se tornando dependente do remédio à vida toda, porque se parar de tomá-lo os sintomas voltarão.
Logo, faz-se necessário conhecer a causa da depressão, o que está por trás da mesma e o que faz a pessoa permanecer nesse estado, para que assim possa haver o alívio do sofrimento. Esse trabalho é feito em análise, entre o psicanalista e paciente. Somente por meio de um processo de análise que o sujeito poderá se ver livre desse mal, chamado depressão.
Daniela Bittencourt- Psicóloga Clínica
A depressão compromete o relacionamento familiar, o desempenho profissional e o convívio social. Conhecida como o mal do século, ela não escolhe idade, sexo nem condição social. Nos dias atuais encontramos crianças com sintomas de depressão, o que antigamente não se ouvia falar, muito pior que isso é constatarmos que existem crianças que tomam remédio antidepressivo.
Tristeza, apatia, aumento ou diminuição de apetite e do sono, sentimento de culpa, inutilidade, desamparo, pessimismo e a perda de prazer e interesse em atividades que anteriormente eram prazerosas, são alguns sintomas da depressão.
O indivíduo perde a vontade de sair de casa, de se relacionar, perde a vontade de viver literalmente. Em casos mais graves há pensamentos suicidas, já que para o depressivo a vida não vale mais a pena.
Há quem pense que a depressão é coisa de pessoas desocupadas, que não tem nada para fazer, o que não é verdade, depressão é uma doença e precisa ser tratada por profissionais capacitados.
Os números de antidepressivos vendidos vêm crescendo cada dia mais, como se um remédio pudesse dar conta de apaziguar o sofrimento humano. Claro que em alguns casos, o uso do remédio se faz necessário, porém o remédio não deve ser usado sozinho é essencial fazer análise, para poder tratar a causa do problema.
O grande problema de a depressão ser uma doença tão difícil de obter melhoras é porque na maioria das vezes as pessoas acreditam que apenas um remédio poderá curá-las. O antidepressivo até pode aliviar os sintomas, porém ele não cura a doença e assim a pessoa acaba se tornando dependente do remédio à vida toda, porque se parar de tomá-lo os sintomas voltarão.
Logo, faz-se necessário conhecer a causa da depressão, o que está por trás da mesma e o que faz a pessoa permanecer nesse estado, para que assim possa haver o alívio do sofrimento. Esse trabalho é feito em análise, entre o psicanalista e paciente. Somente por meio de um processo de análise que o sujeito poderá se ver livre desse mal, chamado depressão.
Daniela Bittencourt- Psicóloga Clínica
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Fazer ou não fazer análise?
Não é uma novidade que quando alguém procura um analista é porque está infeliz e quer ter uma vida melhor. Quando a pessoa está bem, não tem porque procurar um analista. É a própria pessoa que decidirá se quer ou não fazer um tratamento analítico. Fazer análise não é para todas as pessoas, porque sem sofrimento uma análise não acontece. Porém muitas pessoas sofrem e mesmo assim não procuram um analista, por quê?Porque são muito comuns as pessoas terem resistências ao tratamento e também porque é difícil admitir que precise dele. O ser humano em geral não quer saber o que acontece com a sua vida, não se questiona o porquê de suas atitudes, ele apenas vive. Não que isso seja errado, porém algumas pessoas sofrem com alguma coisa. Mas o que fazer se a pessoa precisa e não quer fazer análise? Não se faz, é necessário que a pessoa queira. Chegar num analista trazido pelos pais ou por outra pessoa não produz uma análise. Assim como procurar um psicanalista com o objetivo de se auto-conhecer também não produz uma demanda de análise verdadeira. Essencial para que uma análise aconteça é que a pessoa queira e que tenha um sofrimento, uma angústia, por qualquer motivo por mais banal que pareça. É necessário que exista algo na vida do sujeito que o esteja incomodando e ele não está conseguindo lidar com isso sozinho. Se a pessoa não sofre com o seu sintoma é muito difícil falar em tratamento. Só podemos falar em tratamento analítico se a pessoa desejar, esse é o primeiro passo. Caso a pessoa não queira mudar, o que um psicanalista vai poder fazer por ela?
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica.
A criança é o pai do adulto.
A Psicanálise não é uma teoria de superação, a criança é o pai do adulto no sentido de que a infância determina a vida adulta. Isso porque existe o inconsciente, e ele é estruturado como linguagem, ele não está dentro, nem fora, mas na própria fala do sujeito. Todo ser humano é alienado porque ele se constrói a partir do desejo de uma outra pessoa. Porque é através da fala, da fala do outro, que o inconsciente se estrutura, geralmente da fala da mãe, porque a mãe é a primeira pessoa que o bebê tem contato. Quando o bebê nasce, ele não tem aparelho psíquico formado, precisa do outro para sobreviver e na medida que esse outro cuida, toca, olha e fala, vai deixando marcas nesse corpo, e essas marcas vão o conduzir na vida erótica quando adulto, vão definir o prazer e o desprazer desse sujeito. A Psicanálise dá tanta importância á infância porque ela determina tanto a estrutura do sujeito, quanto o sofrimento psíquico. Freud afirmou que aquilo que o sujeito sofre na vida adulta tem a sua origem na infância.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica
Uma Geração de Excessos
Excesso de comidas, de bebidas, de sexo, de drogas, de compras, de dietas, de exercícios, de magreza, de peso, enfim excessos. Falar de excesso é falar de falta, de angústia, de desejo e de prazer. Aonde existe um excesso há também um prazer, por isso muitas vezes é tão difícil de deixá-lo. Para a Psicanálise o homem é sujeito da falta, logo se algo falta cria-se um desejo. Para preenchê-la, o ser humano procura um objeto fora dele na tentativa de se fazer completo. Por objeto podemos entender qualquer coisa que ofereça ao sujeito uma satisfação e um prazer. A quantidade de ofertas sedutoras de objetos que prometem tamponar o furo, o vazio, darem à ilusão de completude e de um gozo intenso e imediato, é o que mais existe na sociedade moderna. Até aonde é normal os excessos? É muito difícil falar de um padrão de normalidade hoje em dia, mas o que se pode dizer que se torna prejudicial quando há uma compulsão e/ou quando causa sofrimento á pessoa.Mas o que causa esses excessos? Não existe uma única causa, a origem tem haver com toda a história de vida da pessoa, principalmente á infância. E qual o tratamento?Para a Psicanálise não existe um método capaz de resolver o problema de todos, da mesma forma, porque cada pessoa é única. É através da própria fala do paciente, seu sofrimento, seu sintoma que se pode falar em tratamento, em um processo de análise.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica
Assinar:
Postagens (Atom)