Excesso de comidas, de bebidas, de sexo, de drogas, de compras, de dietas, de exercícios, de magreza, de peso, enfim excessos. Falar de excesso é falar de falta, de angústia, de desejo e de prazer. Aonde existe um excesso há também um prazer, por isso muitas vezes é tão difícil de deixá-lo. Para a Psicanálise o homem é sujeito da falta, logo se algo falta cria-se um desejo. Para preenchê-la, o ser humano procura um objeto fora dele na tentativa de se fazer completo. Por objeto podemos entender qualquer coisa que ofereça ao sujeito uma satisfação e um prazer. A quantidade de ofertas sedutoras de objetos que prometem tamponar o furo, o vazio, darem à ilusão de completude e de um gozo intenso e imediato, é o que mais existe na sociedade moderna. Até aonde é normal os excessos? É muito difícil falar de um padrão de normalidade hoje em dia, mas o que se pode dizer que se torna prejudicial quando há uma compulsão e/ou quando causa sofrimento á pessoa.Mas o que causa esses excessos? Não existe uma única causa, a origem tem haver com toda a história de vida da pessoa, principalmente á infância. E qual o tratamento?Para a Psicanálise não existe um método capaz de resolver o problema de todos, da mesma forma, porque cada pessoa é única. É através da própria fala do paciente, seu sofrimento, seu sintoma que se pode falar em tratamento, em um processo de análise.
Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica
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