terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Uma Geração de Excessos

Excesso de comidas, de bebidas, de sexo, de drogas, de compras, de dietas, de exercícios, de magreza, de peso, enfim excessos. Falar de excesso é falar de falta, de angústia, de desejo e de prazer. Aonde existe um excesso há também um prazer, por isso muitas vezes é tão difícil de deixá-lo. Para a Psicanálise o homem é sujeito da falta, logo se algo falta cria-se um desejo. Para preenchê-la, o ser humano procura um objeto fora dele na tentativa de se fazer completo. Por objeto podemos entender qualquer coisa que ofereça ao sujeito uma satisfação e um prazer. A quantidade de ofertas sedutoras de objetos que prometem tamponar o furo, o vazio, darem à ilusão de completude e de um gozo intenso e imediato, é o que mais existe na sociedade moderna. Até aonde é normal os excessos? É muito difícil falar de um padrão de normalidade hoje em dia, mas o que se pode dizer que se torna prejudicial quando há uma compulsão e/ou quando causa sofrimento á pessoa.Mas o que causa esses excessos? Não existe uma única causa, a origem tem haver com toda a história de vida da pessoa, principalmente á infância. E qual o tratamento?Para a Psicanálise não existe um método capaz de resolver o problema de todos, da mesma forma, porque cada pessoa é única. É através da própria fala do paciente, seu sofrimento, seu sintoma que se pode falar em tratamento, em um processo de análise.

Daniela Bittencourt - Psicóloga Clínica

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