segunda-feira, 28 de maio de 2012

Fobias

Fobia origina-se do grego phobia que significa medo intenso ou irracional. Em linguagem comum, é o temor ou aversão exagerada diante de situações, objetos, animais ou lugares. O medo é um sentimento inerente ao ser humano e pode ser definido como a sensação de que algo ruim vai acontecer geralmente seguido de sintomas físicos. Quando o medo é excessivo e irracional em relação à ameaça, chamamos de fobia. Apesar da situação ou objeto não apresentar qualquer perigo, a pessoa evita essa situação a todo custo, essa evitação fóbica prejudica e apresenta sérias limitações no cotidiano da pessoa, além de causar muito sofrimento e angústia. As fobias fazem parte dos transtornos de ansiedade com a característica especial de só se manifestarem em situações particulares. As fobias são acompanhadas de ansiedade e em alguns casos de depressão. O diagnostico clinico é feito a partir do relato dos pacientes, juntamente com os sintomas apresentados, dentre eles: transpiração excessiva, taquicardia, vertigem, calafrios, dor no peito, formigamento e sensação de falta de ar. Existem três tipos principais de fobias: Agorafobia, Fobia Social e Fobia Específica. Na agorafobia existe o medo de estar em lugares públicos, abertos, na presença de multidões, onde o indivíduo não possa retirar-se de uma forma fácil ou despercebida. É comum encontrarmos o transtorno de pânico associado à agorafobia. Na fobia social está presente o medo perante situações em que a pessoa possa estar exposta a observação dos outros, ser vítima de comentários ou passar perante uma situação de humilhação em público. Em casos extremos a pessoa pode isolar-se completamente do convívio social. Já na fobia específica (isoladas) são fobias restritas a uma situação específica ou animais como o próprio nome já diz, como: trovões e relâmpagos, avião, rato, cobra entre outros. As fobias atingem cerca de 10% da população. Em geral surgem na infância ou adolescência, persistindo na idade adulta se não são tratadas adequadamente. Em muitos casos a pessoa sofre sozinha e não expõe seus medos a parentes e amigos, o que agrava a situação, mantém os sintomas e dificulta o tratamento, uma vez que suportar tudo isso calado é o pior caminho a escolher. É possível obter melhoras com a psicoterapia, sendo que em alguns casos o uso de medicamentos se faz necessário, visando não apenas a remoção dos sintomas, mas também a diminuição da ansiedade e do medo de forma significativa e duradoura. Daniela Bittencourt - Psicóloga CRP 12/07184.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Grupo de Terapia para Pacientes com Transtornos Alimentares

Falar de transtornos alimentares é falar da relação que a pessoa estabelece consigo, com a comida e o corpo, não é de hoje que se sabe que as doenças psíquicas atingem o corpo e nos transtornos alimentares essa ligação fica ainda mais evidente. Anorexia e bulimia são considerados transtornos alimentares, que merecem toda atenção, cuidado e tratamento, porque além de sofrimento psíquico, eles acarretam sérios riscos a saúde física do paciente. Na anorexia a pessoa se enxerga gorda, apesar de estar muito abaixo do peso ideal, possui uma preocupação exagerada com o corpo, uma recusa a se alimentar e um medo intenso de engordar. Nega-se a comida como uma negação da própria vida. Na bulimia está presente à fome exagerada, a ingestão de muita comida num curto intervalo de tempo, onde a pessoa teme constantemente o aumento de peso e mantém boa parte dos seus pensamentos ligados a preocupação com corpo, tudo isso geralmente associado a métodos compensatórios como: vômitos, exercícios exagerados e o uso de laxantes e diuréticos. A obesidade apesar de não ser uma doença psiquiátrica, ela caminha lado a lado dos transtornos alimentares pela relação disfuncional com a comida e pelas comorbidades associadas a ela, como ansiedade e depressão, dentre outras. Na obesidade, o comer em excesso, muitos vezes acompanhado da compulsão alimentar, hábitos inadequados e o uso da comida como compensações, come-se quando está triste para aliviar a angústia e come-se quando está feliz, para comemorar, acabam gerando mais sofrimento psíquico, impossibilitando na maioria dos casos que a pessoa consiga emagrecer sozinha, ficando esta aprisionada nesse circulo vicioso sem saber como sair dele. A comida nos transtornos alimentares perde seu real sentido e passar a servir para outras coisas como preencher o vazio, esquecer as frustrações, aliviar a ansiedade, o estresse e dar fim na depressão. A relação com o corpo é uma relação disfuncional, de falta e excesso, vazio e completude, falta de comida, excesso de comida, falta de peso, excesso de peso, trazendo muita aflição ao paciente e a sua família. O grupo de terapia para pacientes com transtornos alimentares, oferecido pela CERES (Associação Criciumense de Apoio a Saúde Mental) é destinado à população carente, uma vez que a Ceres é uma associação sem fins lucrativos, que conta com a colaboração de profissionais voluntários e tem como objetivo a prevenção, o tratamento e manutenção da saúde mental. As pessoas interessadas a participar do grupo, podem entrar em contato pelo telefone (48) 34373655, no período da tarde. Daniela Bittencourt – CRP12/07184 - Psicóloga voluntária da CERES.