Quem nunca ouviu falar que Freud só fala em sexo? Mesmo as pessoas que nunca ouviram nada sobre sua teoria, já ouviram alguma vez na vida que para Freud tudo se resume á sexo. Freud foi alvo de muitas críticas, com a criação de sua teoria, na qual dizia que existia sexualidade na infância.
Quando Freud se referia á sexualidade, se referia á libido, libido é a energia psíquica, uma energia no corpo. A sexualidade diz respeito á um prazer, mas não só o prazer sexual, qualquer prazer, de qualquer parte do corpo. A essas partes Freud denominou zonas erógenas: boca, anus, olhos e os genitais. Essas zonas são capazes de proporcionar muito prazer, dizem respeito ao desenvolvimento sexual do ser humano e a construção da sexualidade e do desejo.
Ao nascer o bebê precisa de um outro, o cuidador, que supre as suas necessidades. A medida que o cuidador, geralmente a mãe, vai tocando o corpo de seu bebê, para limpar, acariciar, ela vai deixando marcas nesse corpo e vai definindo o prazer e o desprazer desse sujeito.
A boca é a primeira zona erógena, durante o primeiro ano de vida o prazer está basicamente na boca. A libido centra-se nos prazeres orais, morder, comer, chupar, lamber, levar objetos à boca, balbuciar. Segunda é a fase anal, que é de dois a três anos, onde o prazer é obtido basicamente na região anal. O prazer está em urinar, no controle do esfíncter, e no alívio de tensão que acompanha a excreção. Terceira fase é a fase fálica, que acontece dos três aos cinco anos. A criança ama o pai do sexo oposto e sente rivalidade pelo genitor do mesmo sexo, conhecido como Complexo de Édipo. Depois é o período de latência se dá por volta do quinto ano, onde as necessidades sexuais ficam adormecidas, o interesse da criança está voltado á socialização. Por último a fase genital, a qual desperta os interesses genitais, tem início na puberdade e se estende por toda a fase adulta.
Se as necessidades de cada fase não são satisfeitas durante o seu período, ou são exageradamente satisfeitas, o sujeito pode ficar fixados nessa fase. A medida que vai se desenvolvendo a criança vai deixando fixações nas zonas erógenas, em umas mais, em outras menos, dependendo da sua história de vida infantil. Ao passar por essas zonas erógenas o ser humano vai construindo a sua sexualidade.
Daniela Bittencourt -Psicóloga Clínica.
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