terça-feira, 17 de maio de 2011

O sintoma segundo a Psicanálise

Freud denominou sintoma, o que hoje conhecemos como patologias tais como: fobias, medos, ansiedade, depressão, anorexia, bulimia, obesidade, síndrome de pânico, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), etc.

Os sintomas psíquicos são atos prejudiciais, ou pelo menos inúteis á vida da pessoa, que por sua vez, deles se queixa como sendo indesejáveis e causadores de sofrimento. O sujeito chega ao consultório de um psicanalista com um sintoma, dizendo que se sente mal por alguma coisa; quer seja um pensamento, uma atitude ou um acontecimento
O sintoma é algo que se repete, como um círculo vicioso, aonde muitas vezes o sujeito não consegue sair dele sozinho. O que se repete na verdade são os protótipos infantis, isso porque é na infância que se define tanto a personalidade, quanto a sexualidade, o sofrimento psíquico e o gozo. Para Sigmund Freud, o sintoma, tem sempre um sentido inconsciente, possui uma íntima conexão com as experiências pessoais do sujeito e está sustentado por uma fantasia infantil.
Partimos do princípio que o sujeito busca sempre coisas que lhe de prazer, até se deparar com algo á mais, com o além do princípio do prazer, algo que não segue a ordem do bem estar onde o sujeito faz coisas indesejáveis, ou que lhe cause sofrimento.
Se causa tanto sofrimento porque a pessoa continua fazendo? Porque aonde existe um sofrimento há também um prazer, se não houvesse prazer, não haveria a repetição. Que prazer é esse? Um prazer inconsciente. Isto quer dizer que: ao mesmo tempo em que a pessoa sofre, ela também sente prazer, por isso que é tão difícil conseguir parar de repetir e deixar de produzir sintoma.
O conceito de gozo criado por Lacan diz respeito a um prazer inconsciente e ao mesmo tempo desprazer na consciência. Para Lacan o ser humano é um sujeito dividido pelo seu inconsciente e a sua consciência. A Psicanálise não dá tanta importância ao sintoma, mas sim o gozo que está atrás dele, que faz com que o sujeito fique fixado no sintoma. Porque ali aonde o sujeito sofre e repete, existe um gozo. E o que a Psicanálise vai trabalhar é descobrir que gozo que está por trás das atitudes do sujeito e do seu sofrimento, para que ele possa deixar de sofrer com o sintoma e deixar de repetir.
Quando não se dá importância ao gozo que está por trás do sintoma, o sintoma retorna de outra forma. Essa sempre foi à queixa de Freud quanto aos tratamentos psíquicos que levam em consideração apenas á consciência, o sintoma, deixando de lado o inconsciente e o gozo, isso porque eliminar sintoma não equivale a curar a doença.

Daniela Bittencourt - Psicóloga CRP 12/07184

Um comentário:

Ana Claudia disse...

Um desabafo rea,sincero e cheio de clamor.
Chega o ponto que deve ser trabalhado a alto estima,a motivaçaõ que foi perdida dia dia ,com a incerteza, de uma doença que não permite confiara mais nele mesmo. Mas,o importante que ainda reconhece Deus e nao o culpa por suas mazelas.
amei!
pois esse desabafo nos chana atenção para o outro ,se liga r no outro a cada dia.