quinta-feira, 12 de março de 2009

Depressão

A queixa principal nos consultórios de psicologia e psiquiátricos é sobre a famosa depressão, famosa porque muito se ouve falar e inúmeras são as pessoas acometidas desse mal.
A depressão compromete o relacionamento familiar, o desempenho profissional e o convívio social. Conhecida como o mal do século, ela não escolhe idade, sexo nem condição social. Nos dias atuais encontramos crianças com sintomas de depressão, o que antigamente não se ouvia falar, muito pior que isso é constatarmos que existem crianças que tomam remédio antidepressivo.
Tristeza, apatia, aumento ou diminuição de apetite e do sono, sentimento de culpa, inutilidade, desamparo, pessimismo e a perda de prazer e interesse em atividades que anteriormente eram prazerosas, são alguns sintomas da depressão.
O indivíduo perde a vontade de sair de casa, de se relacionar, perde a vontade de viver literalmente. Em casos mais graves há pensamentos suicidas, já que para o depressivo a vida não vale mais a pena.
Há quem pense que a depressão é coisa de pessoas desocupadas, que não tem nada para fazer, o que não é verdade, depressão é uma doença e precisa ser tratada por profissionais capacitados.
Os números de antidepressivos vendidos vêm crescendo cada dia mais, como se um remédio pudesse dar conta de apaziguar o sofrimento humano. Claro que em alguns casos, o uso do remédio se faz necessário, porém o remédio não deve ser usado sozinho é essencial fazer análise, para poder tratar a causa do problema.
O grande problema de a depressão ser uma doença tão difícil de obter melhoras é porque na maioria das vezes as pessoas acreditam que apenas um remédio poderá curá-las. O antidepressivo até pode aliviar os sintomas, porém ele não cura a doença e assim a pessoa acaba se tornando dependente do remédio à vida toda, porque se parar de tomá-lo os sintomas voltarão.
Logo, faz-se necessário conhecer a causa da depressão, o que está por trás da mesma e o que faz a pessoa permanecer nesse estado, para que assim possa haver o alívio do sofrimento. Esse trabalho é feito em análise, entre o psicanalista e paciente. Somente por meio de um processo de análise que o sujeito poderá se ver livre desse mal, chamado depressão.

Daniela Bittencourt- Psicóloga Clínica